Você já se perguntou o que é FGC (Fundo Garantidor de Créditos) e por que ele é tão citado quando falamos de segurança na renda fixa?
Afinal, para quem está começando a investir, ouvir siglas como CDB, LCI, LCA e FGC pode causar certa confusão.
No entanto, entender o que é o Fundo Garantidor de Créditos pode ser o divisor de águas entre investir com tranquilidade ou correr riscos desnecessários.
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o que é FGC, como ele funciona, quais produtos ele cobre, quais ele não cobre, os limites de cobertura e, além disso, como montar uma estratégia de investimentos que vá além da simples dependência dessa garantia.
Se preferir, assista ao conteúdo no episódio do Ouviu, Investiu!, o podcast da Sacre, “Fundo Garantidor de Crédito: Como o FGC Protege o Seu Dinheiro“, onde o Head de Investimentos da Sacre, Rafael Martineli, fala sobre o que é o FGC, como ele funciona na prática e cita exemplos dessa ferramenta de segurança para os investidores.
O Que é FGC?
O FGC, ou Fundo Garantidor de Créditos, é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 1995 com o objetivo de proteger os investidores no caso de falência ou intervenção de instituições financeiras.
Ao contrário disso, muitos pensam que o FGC é do governo, mas ele é mantido pelos próprios bancos associados.
Em outras palavras, ele funciona como um seguro que garante ao investidor o reembolso de valores aplicados em determinados produtos financeiros, respeitando os limites definidos.
Em resumo, se você investiu em um CDB de um banco que faliu, o FGC entra em ação e devolve o dinheiro investido (e os juros), desde que, claro, você esteja dentro dos limites de cobertura.
Quais Produtos o FGC Cobre?
Saber o que é FGC passa por conhecer quais produtos contam com sua proteção.
Nesse sentido, o FGC cobre os principais instrumentos de renda fixa bancária, como:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
- RDB (Recibo de Depósito Bancário)
- Poupança
- Depósitos à vista (como saldo em conta corrente)
Ou seja, todos esses são produtos onde você empresta dinheiro ao banco em troca de um rendimento, e é exatamente esse empréstimo que o FGC protege.
Quais Produtos o FGC Não Cobre?
Agora vem a parte mais perigosa e que muitos investidores ignoram.
Mesmo assim, mesmo sabendo o que é FGC, muitos acabam investindo em produtos que não têm essa proteção, acreditando que estão seguros.
Por isso, veja a lista dos que não contam com a cobertura:
- Fundos de Investimento
- Tesouro Direto (apesar de seguro, tem risco soberano e não FGC)
- Debêntures
- Ações
- CRIs e CRAs
- Letra Financeira (LF)
Atenção: o simples fato de o produto estar em uma corretora ou “parecer renda fixa” não significa, necessariamente, que ele esteja coberto pelo FGC.
Limites de Cobertura do FGC: Até Onde Vai a Proteção?
Saber o que é FGC também exige conhecer seus limites operacionais. Veja como funciona a regra:
- R$ 250 mil por instituição financeira (ou conglomerado)
- R$ 1 milhão por CPF a cada período de 4 anos
Exemplos práticos:
✔️ R$ 250 mil no Banco A + R$ 250 mil no Banco B → Ambos estão cobertos.
❌ R$ 500 mil no Banco A → Só R$ 250 mil são garantidos, o resto você perde.
⚠️ R$ 250 mil no Banco Pan + R$ 250 mil no BTG → Só R$ 250 mil no total, pois pertencem ao mesmo grupo.
E mais: o limite de R$ 1 milhão não se renova anualmente. Ele é por CPF e vale por 4 anos. Se você for ressarcido, esse valor zera e só volta a contar depois desse período.
FGC Não É Imediato: Cuidado com a Ilusão de Segurança
Muita gente acredita que o FGC funciona como um botão de emergência automático, mas a realidade é diferente.
De fato, se um banco quebra, o processo de ressarcimento pode levar semanas ou até meses. Durante esse tempo, o dinheiro fica inacessível. E se ele fazia parte da sua reserva de emergência?
Além disso, em situações de crise, como o caso recente do Banco Master, o mercado entra em pânico. Títulos são colocados à venda e ninguém quer comprar, o que trava a liquidez e, consequentemente, expõe o investidor a ainda mais incertezas.
Como Calcular Corretamente para Não Ultrapassar os Limites do FGC
Outro erro comum é investir exatamente R$ 250 mil achando que está 100% coberto.
No entanto, esquecem de um detalhe: o rendimento conta no limite
Por exemplo, se você aplicar R$ 250 mil hoje e o título rende 12% ao ano, em pouco tempo o saldo ultrapassa o limite e, assim, a parte excedente fica desprotegida.
Por Que Ter um Assessor Faz Toda Diferença?
Saber o que é FGC é o primeiro passo.
Porém, saber como usar o FGC de forma estratégica é o que vai proteger e potencializar seus investimentos.
E é justamente aí que entra o papel do assessor de investimentos da Sacre.
Com isso, com o apoio da Sacre, você terá:
- Análise de risco por instituição
- Estratégias personalizadas de diversificação
- Cálculo correto para evitar exceder os limites
- Acompanhamento contínuo da sua carteira
- Indicação de produtos adequados ao seu perfil
Leia também:
– O que é o CDI e como ele influencia os seus Investimentos
– Novas Regras para CRI, CRA, LCI e LCA: o que mudou na Renda Fixa
O Que É FGC e Por Que Você Precisa Levar Isso a Sério
O FGC é uma ferramenta incrível para o investidor brasileiro, mas não é uma proteção ilimitada nem instantânea.
Portanto, entender o que é FGC, seus limites e o que ele cobre é fundamental para investir com consciência e evitar prejuízos.
Com isso, com conhecimento e apoio especializado, é possível ir além da dependência da garantia e montar uma carteira sólida, rentável e segura.
Preencha o formulário abaixo e entre em contato com um de nossos especialistas. Dessa forma, estamos prontos para ajudá-lo a alcançar seus objetivos financeiros com estratégias personalizadas.
