O Ibovespa fechou em alta pela sexta semana seguida, acompanhando o desempenho das bolsas americanas.
Aqui no Brasil, foi divulgado, na quinta, o PIB do 1º trimestre de 2023, que cresceu 1,9% na comparação com o 4T22 e 4,0% ante o 1T22.
O resultado é considerado positivo, e veio acima das expectativas.
Os especialistas do BTG Pactual observam que essa melhora foi impulsionada principalmente pelo desempenho expressivo do agronegócio, marcado pela supersafra de soja e pelo crescimento dos abates de bovinos.
Nos EUA, o foco do mercado esteve no teto da dívida americana que acabou aprovado pelo Senado, na última quinta (1).
Assim, especialistas do BTG apontam que o mercado já descomprimiu o risco relacionado ao debit celing, como mostrou a baixa no VIX, o índice do medo.
A semana também foi marcada por diversos dados de mercado de trabalho mais fortes que o esperado pelo mercado.
Na sexta (2), foi divulgado o payroll de maio, que registrou o aumento de 339 mil empregos, significativamente acima do esperado pelo consenso de mercado, ainda segundo os especialistas.
Os principais índices acionários americanos fecharam positivos, com destaque para o Nasdaq que acumulou a sexta semana seguida de alta.
Por fim, o dólar futuro (DOLFUT) fechou a semana com -0,65% de desvalorização semanal ante o real cotado a R$ 4,985. No ano, a moeda americana cai -8,86%.
Ibovespa fechou a quinta semana seguida em alta
O Ibovespa encerrou o pregão de sexta (2) cotado a 112.558 pontos com 1,49% de alta semanal.
No Brasil, a continuidade do fechamento de taxa e expectativa de cortes no segundo semestre seguem suportando a valorização de ativos ligados à economia doméstica, destaca o time Macro do BTG Pactual.
CVC (CVCB3) liderou as máximas da semana anterior com +20,81% de alta cotada a R$ 3,60. A maior mínima ficou com CPFL (CPFE3): -5,48% a R$ 30,01.

Internacional
Na semana anterior, a despeito da expectativa de nova alta de juros por parte do FOMC e também um Payroll mais forte, a curva de juros americana mostrou fechamento de taxa, segundo analistas do BTG Pactual.
Somado ao fechamento da curva, que impacta positivamente teses de crescimento, a temática de tecnologia continua sustentando a performance dos ativos globais.
Na Europa, continua performando abaixo dos EUA, em linha com o ambiente mais fraco de crescimento, ainda segundo os especialistas.
Fechamento semanal dos principais índices americanos:
Nasdaq: +2,04% | S&P 500: +1,83% | Dow Jones: +2,02%
Commodities
A semana foi marcada pela neutralidade do Dólar global (DXY) explicado pela descompressão de risco com o avanço das negociações do teto da dívida do governo americano, segundo especialistas do BGT Pactual.
O Petróleo Brent (referência para a Petrobras) negociado em Moscou fechou a semana com -0,04% de variação cotado a 76,97 dólares o barril.
Petróleo Brent: -0,04% | U$ 76,97
Soja: +1,14% | U$ 29,82
Café: -0,80% | U$ 216,70
Milho: -7,81% | R$ 53,83
Criptos
O Bitcoin e o Ethereum voltaram a cair na semana anterior. Aqui no Brasil, no entanto, o HASH11 fechou positivo.
Bitcoin: -3,19% | U$ 27.174
Ethereum: -0,97% | U$ 1.891
HASH11: +2,46% | R$ 23,35
Renda Fixa
Diferente do mercado de juros americanos, no Brasil a queda das taxas de juros reais continuaram a descomprimir os prêmios, favorecendo a rentabilidade de papéis mais longos, ressalta o time de Macro do BTG Pactual.
Na semana anterior, os vértices médios e longos da curva de juros intensificaram baixas.
Abaixo, as cotações nos juros DI:
- DI Jan/24: +0,26% | 13,205%
- DI Jan/26: -0,90% | 10,800%
- DI Jan/28: -1,70% | 10,905%
- DI Jan/30: -1,90% | 11,21%
(Fonte: br.tradingview.com | consulta 05/06/2023 às 9h ( GMT-3 )
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