A desvalorização do real é um fenômeno econômico recorrente no Brasil. Ela afeta diretamente o poder de compra da população, pressiona a inflação e, principalmente, impacta os investimentos.
No entanto, embora seja vista com preocupação pela maioria dos brasileiros, essa oscilação cambial pode representar uma oportunidade estratégica para quem busca diversificação de portfólio e proteção patrimonial.
Neste artigo, vamos analisar como a desvalorização do real influencia os investimentos, além de mostrar quais estratégias podem ser adotadas em cenários de câmbio instável e como investir em ativos internacionais pode beneficiar o investidor brasileiro no curto, médio e longo prazo.
Se preferir, assista ao conteúdo no episódio do Ouviu, Investiu!, o podcast da Sacre, “Como a desvalorização do real cria oportunidades para o investidor“, onde Bruno Yamashita, analista de alocação e inteligência da Avenue, comenta como a desvalorização do real pode ser uma oportunidade para investidores brasileiros diversificarem seus portfólios em mercados internacionais.
O que é a desvalorização do real
A desvalorização do real ocorre quando a moeda brasileira perde valor em relação a moedas estrangeiras, especialmente o dólar americano.
Essa variação, por sua vez, pode ser influenciada por diversos fatores macroeconômicos, como inflação interna, política fiscal, déficit na balança comercial, instabilidade política e decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Entre os efeitos práticos, estão o aumento no preço de produtos importados, elevação dos custos de produção em setores dependentes de insumos externos e a elevação da inflação.
Além disso, no mercado financeiro, essa mudança impacta diretamente a atratividade de ativos em real e amplia a procura por ativos em dólar ou em outras moedas fortes.
Impactos da desvalorização do real para o investidor
Para investidores brasileiros, a desvalorização do real representa dois grandes desafios: a perda do poder de compra e o aumento da exposição ao risco local.
Em um cenário onde a moeda nacional perde valor de forma contínua ou volátil, ativos atrelados exclusivamente ao real ficam mais vulneráveis, principalmente em contextos de crises internas.
Outro ponto importante é que a maioria dos brasileiros recebe e investe em real, mas consome produtos e serviços dolarizados.
Portanto, a variação cambial impacta diretamente o custo de vida e a rentabilidade real de seus investimentos.
Ao mesmo tempo, essa mesma desvalorização cria uma janela de oportunidade para investidores que buscam ativos internacionais.
Afinal, a alocação em moedas fortes, como o dólar, permite preservar valor, acessar mercados mais estáveis e diversificados, e proteger o patrimônio contra oscilações internas.

Por que investir em ativos internacionais durante a desvalorização do real
Investir em ativos internacionais durante períodos de desvalorização do real é uma das formas mais eficazes de blindar o portfólio contra o risco cambial e político-econômico local. Entre os principais benefícios, destacam-se:
1. Proteção cambial
Quando o real se desvaloriza, os ativos em dólar ou euro ganham valor proporcionalmente.
Como resultado, isso permite que o investidor compense perdas locais com ganhos cambiais, mantendo ou até ampliando seu poder de compra global.
2. Acesso a mercados mais estáveis
Mercados como os dos Estados Unidos e da União Europeia oferecem maior estabilidade econômica, regras claras e uma variedade de ativos com bom histórico de retorno.
Além disso, investir nesses mercados reduz a exposição ao risco sistêmico do Brasil.
3. Diversificação de setores e geografias
Enquanto a bolsa brasileira é concentrada em poucos setores, como commodities e bancos, o investidor que aplica no exterior tem acesso a empresas de tecnologia, saúde, infraestrutura, consumo e muito mais.
Além disso, é possível investir em diferentes regiões do mundo — América do Norte, Europa, Ásia e mercados emergentes.
4. Melhoria na relação risco-retorno
Ao distribuir parte do portfólio em ativos internacionais, o investidor reduz a correlação com o mercado local, equilibrando melhor o risco da carteira e ampliando as possibilidades de retorno em diferentes cenários econômicos.
Consequentemente, a carteira se torna mais resiliente frente a crises domésticas e oscilações específicas do Brasil.

Tipos de ativos para aproveitar a desvalorização do real
Para aproveitar a desvalorização do real de forma estratégica, o investidor pode considerar os seguintes ativos internacionais:
Entre eles, destacam-se:
Renda fixa em dólar
Títulos do Tesouro americano (Treasuries), bonds corporativos e fundos de renda fixa internacional são opções para perfis mais conservadores.
Nesse caso, eles oferecem proteção cambial e estabilidade.
Ações de empresas estrangeiras
Investir em empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos ou da Europa permite exposição a setores que não existem no Brasil.
Além disso, o investidor também pode optar por ETFs que replicam índices globais.
Fundos internacionais
Fundos de investimento com gestão ativa que alocam recursos no exterior são boas opções para quem busca diversificação com suporte profissional.
Além disso, muitos desses fundos já são oferecidos por plataformas brasileiras.
REITs (Fundos Imobiliários internacionais)
Os Real Estate Investment Trusts são semelhantes aos FIIs brasileiros, mas com exposição ao mercado imobiliário dos EUA e outros países.
Como resultado, é uma forma de gerar renda passiva em moeda forte.
Cuidados ao investir durante a desvalorização do real
Embora investir no exterior seja uma estratégia eficaz, é importante tomar alguns cuidados.
Afinal, uma alocação mal planejada pode trazer riscos desnecessários e comprometer seus objetivos.
- Evite decisões baseadas apenas na cotação do dólar. O ideal é ter uma estratégia contínua de alocação internacional, e não apenas “aproveitar” momentos pontuais.
- Considere o seu perfil de investidor. A exposição ao risco, o prazo dos investimentos e os objetivos pessoais devem sempre ser levados em conta.
- Fique atento à tributação. Os investimentos internacionais têm regras fiscais específicas no Brasil. É fundamental entender os impactos tributários antes de aplicar.
- Busque assessoria especializada. Com o apoio de um assessor de investimentos, é possível construir uma carteira global equilibrada, sem sobreposição de ativos e com foco em longo prazo.
Como começar a investir no exterior com segurança
Com o avanço da tecnologia e a atuação de corretoras especializadas, investir fora do Brasil está mais acessível do que nunca.
Atualmente, é possível abrir conta em plataformas internacionais com suporte em português, como a Avenue, parceira da Sacre Investimentos.
O processo é simples:
- Abra uma conta internacional com auxílio do seu assessor;
- Faça a transferência de recursos via câmbio integrado;
- Escolha os ativos que compõem sua estratégia de alocação internacional;
- Monitore e rebalanceie sua carteira com frequência, em conjunto com um profissional.
Ao contar com a Sacre, você tem acesso a uma equipe que entende o seu momento, seu perfil e suas metas.
Dessa forma, combinando conhecimento local com oportunidades globais, você constrói um portfólio mais robusto, blindado e estratégico.
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Hora de agir: transforme a desvalorização do real em proteção e crescimento
A desvalorização do real é um fator recorrente e inevitável no cenário econômico brasileiro. Em vez de apenas se preocupar com os impactos negativos no poder de compra, o investidor pode adotar uma postura mais estratégica: usar o câmbio desfavorável como um catalisador para a diversificação internacional.
Ao se expor a ativos em moeda forte, o investidor preserva valor, reduz riscos e cria oportunidades reais de crescimento.
Se você ainda não começou, o melhor momento é agora!
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