Por Gustavo De Gasperi, head de Renda Variável na Sacre Investimentos
No mundo dos investimentos, o mercado de renda variável leva a fama de ser um mercado pouco acessível, complexo, de altíssimo risco, e exclusivo para grandes investidores e para pessoas de alto gabarito.
Todo esse ilusionismo que foi criado sobre a Bolsa de Valores serve de inspiração para excelentes roteiros de Hollywood, mas, na prática, sabemos que o mercado de renda variável é bem mais acessível e compreensível do que ouvimos falar por aí.
Meu propósito nesse artigo é desmistificar a imagem que a maioria dos investidores iniciantes possuem sobre o mercado de renda variável e apresentar, de forma sucinta, as principais classes de ativos e investimentos disponíveis.
Renda Variável: por onde começar?
Para iniciar seus investimentos em renda variável ou na Bolsa de Valores, no geral, o primeiro passo é abrir conta em uma corretora de confiança. Dê preferência à instituições renomadas, que estejam atuando no mercado a bastante tempo e que possuam boa saúde financeira.
Em segundo lugar, tenha claro quais são os seus objetivos, horizonte de investimento, seu perfil de investidor e o seu nível de aversão ao risco. Tenha definido também a parcela do seu capital que pretende iniciar na renda variável.
Para te auxiliar nessas questões, recomendamos que você procure um assessor de investimentos, que é o profissional gabaritado para fazer esta análise.
Aqui nesta live do canal Sacre Educação, no YouTube, eu falei mais sobre assessoria de investimentos. Clique para assistir!
Quais as 3 principais classes de ativos disponíveis na Bolsa de Valores?
Ações: representam uma fração do capital social de uma empresa e são negociadas na Bolsa em lotes padrão de 100 quantidades, ou em lotes fracionários a partir de 1 unidade.
O que é IPO na Bolsa de Valores
A emissão de ações na Bolsa de Valores é dada pelo processo chamado IPO (Initial Public Offering). É através do IPO que uma empresa faz a abertura do seu capital social (e deixa de ser uma sociedade limitada e passa a ser uma sociedade anônima).
Os recursos captados neste processo de IPO são utilizados para a expansão dos negócios da empresa, seja através de aquisição de empresas menores, ou desenvolvimento interno de novas áreas.
Ao comprar uma ação, você como investidor passa a ser sócio desta empresa, e com isso, passa a ter alguns direitos, como por exemplo os dividendos que essa empresa irá distribuir.
Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs): os fundos imobiliários representam uma comunhão de investidores que disponibilizam recursos para investimentos em grandes empreendimentos imobiliários, e são negociados na Bolsa através de cotas.
Esses recursos são geridos por um gestor e sua equipe, que definem inicialmente os imóveis que serão adquiridos e posteriormente fazem a gestão de locação desses imóveis com o objetivo de gerar renda mensal para os cotistas do fundo.
Os fundos imobiliários mais comuns são os fundos de shopping, lajes corporativas, galpões logísticos, e fundos de CRIs (certificados de recebíveis imobiliários – títulos de renda fixa utilizados para financiar empreendimentos imobiliários).
ETFs (exchange-traded fund): conhecidos como fundos de índices, são ativos listados em Bolsa, de gestão passiva, que replicam o desempenho de uma cesta de ativos pré-definida.
Um dos ETFs mais conhecidos aqui no Brasil é o BOVA11. Este ETF replica o desempenho do índice Bovespa (principal índice de ações da nossa Bolsa). Aqui no blog da Sacre tem um artigo muito completo sobre o BOVA11. Leia aqui.
O ETF acaba sendo um excelente instrumento para o investidor que está iniciando no mercado de ações, e não sabe por onde começar. Via ETF, o investidor tem acesso a uma carteira diversificada de ações, de forma simples, barata e prática, tendo que adquirir cotas de um único ativo.
Saiba mais sobre fundos internacionais neste link.
Como investir em Renda Variável
Se você quer iniciar seus investimentos em renda variável, deixo aqui um convite, para que conheça as carteiras automatizadas de ações e fundos imobiliários do melhor Research da América Latina: o research do banco BTG Pactual.
Até a próxima!