Crédito Privado define os títulos de Renda Fixa emitidos por empresas no mercado de capitais do Brasil.
Esses títulos pertencem a empresas dos setores imobiliário, agronegócio, varejo, logística etc, e podem compor uma estratégia de renda mensal na renda fixa, por exemplo.
Este artigo aborda o Crédito Privado: o que é e como investir com um passo a passo detalhado.
Se preferir, assista ao conteúdo completo no vídeo abaixo, Crédito Privado: o que é e como investir nas Melhores Oportunidades. Bons estudos.
Crédito Privado: o que é e como investir
O Crédito Privado contempla títulos de dívidas emitidos por empresas, e são negociados na modalidade Renda Fixa.
Assim, a mecânica por trás desses títulos é semelhante aos títulos públicos do Tesouro Direto ou os títulos bancários, como o CDB (Certificado de Depósitos Bancários).
Mas, por que uma empresa emite títulos de dívidas no mercado de capitais? A resposta é simples: para captar recursos.
Via de regra, grandes corporações precisam de dinheiro para expandir o negócio ou mesmo levar desenvolvimento para as mais variadas partes do país.
Porém, em vez de recorrer a um empréstimo bancário tradicional, recorrem à emissão de títulos de dívida.
Por exemplo, imagine que uma empresa tenha recebíveis no valor de R$ 100 milhões para receber dentro de um ano.
Então, essa dívida a receber é “empacotada” em títulos e vendidos a um PU (preço unitário) acessível a todos os investidores.
Sendo assim, para investir em crédito privado você precisa comprar títulos de dívidas, que podem ser CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) ou Debêntures (incentivadas e não incentivadas).
A diferença entre o CRI, CRA e a Debêntures
Títulos de crédito privado são destinados aos setores imobiliário, do agronegócio, de infraestrutura e demais. Entenda:
- Certificado de Recebíveis Imobiliários: emitido por empresas que atuam com imóveis, construindo ou locando, e têm recebíveis que são empacotados e vendidos em forma de títulos por meio de uma securitizadora.
- Certificado de Recebíveis do Agronegócio: emitido por empresas do agro que têm recebíveis de grãos, por exemplo, e vendem o título a um determinada taxa e com um prazo definido.
- Debêntures: são emitidas pelas demais empresas, podendo ser incentivadas (ligadas à infraestrutura e ao desenvolvimento do país) e não incentivadas (que atuam nos demais setores da economia).
Benefícios do Imposto de Renda no Crédito Privado
É válido ressaltar que os CRIs, CRAs e as debêntures incentivadas são isentas do IR (Imposto de Renda) para pessoas físicas.
Empresas, no entanto, pagam imposto sobre a rentabilidade desses títulos.
Leia também: Imposto de Renda 2023: passo a passo para investidores
Quais as principais vantagens dos títulos de Crédito Privado?
Além da isenção de IR para pessoas físicas, investir em crédito privado traz outras vantagens para o investidor e, inclusive, para o país.
Em primeiro lugar, o prêmio. Títulos de crédito privado tendem a remunerar mais o investidor se comparados a títulos públicos de prazo semelhante.
Mas, também possuem maior risco de crédito. Então, é importante ter ciência desse risco que está se assumindo.
Em segundo lugar, a liquidez. CRI, CRA e Debêntures costumam ter boa liquidez no mercado secundário, uma vantagem em relação aos títulos bancários, por exemplo.
Em terceiro lugar, o desenvolvimento. Neste caso, quem ganha é o país, pois, quando o governo abre mão do IR, torna o crédito privado mais atrativo para o investidor pessoa física.
O que evitar ao investir em Crédito Privado?
Uma dúvida muito comum é: investir em crédito privado é arriscado? Como todo produto de investimento, esses títulos têm sim um percentual de risco.
Para investir em CRI, CRA ou debênture sem errar é necessário tomar alguns cuidados:
- Não olhar apenas a taxa de remuneração: muitos investidores filtram os títulos pela maior rentabilidade e esquecem detalhes como prazo e risco de crédito.
- Comprar títulos de emissores ruins: os títulos de crédito privado não têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), então, pesquise muito bem a saúde financeira da empresa antes de investir.
Por fim, nossos especialistas ressaltam: o risco de crédito diz respeito ao patrimônio do investidor e não deve nunca ser negligenciado!
Como investir passo a passo
Depois de entender o que é Crédito Privado, saber as vantagens de investir em CRI, CRA e Debêntures e conhecer os riscos, é hora de pôr a mão na massa.
Então, confira abaixo um passo a passo para investir em crédito privado de forma segura e sem errar. E, lembre-se: se tiver qualquer dúvida, fale com um profissional.
1) Abrir conta em Corretora e transferir recursos
O primeiro passo para investir em crédito privado é abrir uma conta em corretora, caso ainda não tenha, como o BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina.
Com a conta aberta, é necessário transferir os recursos que serão aplicados, mas esse passo também é bem simples e pode ser feito até por PIX.
2) Definir seu Perfil de Risco
Em seguida, você vai precisar responder a um formulário para definir o seu perfil de risco. Esse passo é padrão em qualquer banco ou corretora.
É importante lembrar que títulos de crédito privado são adequados para investidores com perfis moderados, pelo menos. Então, seja sincero nas suas respostas.
3) Analisar o Crédito da empresa emissora
Dentre as vantagens do crédito privado está a maior rentabilidade, como já falamos neste artigo. Porém, quanto maior a taxa, maior o risco.
Então, é extremamente importante analisar a qualidade do crédito antes de contratar. Afinal, o risco de crédito é a chance de você perder tudo.
A qualidade de um título é medida pelo seu “rating”, que pode ir de “AAA”, a melhor qualidade possível, e ir até “D”.
Os especialistas recomendam: só invista em títulos com rating “AAA” ou “AA”.
4) Diversificar os Investimentos em crédito privado
Limitar o investimento a um valor baixo na carteira, ainda que o título tenha um bom rating: essa é outra dica importante dos especialistas.
A ideia neste passo é diversificar empresas e setores, o que mitiga a exposição a risco da sua carteira.
5) Falar com seu Assessor de Investimentos
Mesmo seguindo todas as etapas descritas acima, é fundamental falar com seu assessor de investimentos antes de investir de fato.
Afinal, é esse profissional quem vai verificar todos os detalhes dos títulos que você escolheu e apontar algum ponto que possa ter passado despercebido.
Por fim, é sempre bom lembrar: assessoria de investimentos não tem custo. Portanto, não deixe de contatar seu assessor.
Leia mais:
Conclusão
Em resumo, os títulos de crédito privado são excelentes produtos de renda fixa que podem trazer boa rentabilidade ao investidor.
Seguindo os passo a passo para investir em CRI, CRA ou debêntures descritas nesse artigo, você já será capaz de investir em crédito privado sozinho.
Mas, reforçando, investindo com assessoria você tem um nível muito maior de tranquilidade, além de uma prateleira de títulos muito mais ampla.
Afinal, aqui na Sacre o investidor consegue exclusividade em muitas emissões desses títulos, dado a nossa parceria com o BTG Pactual.
Então, clique na imagem abaixo e fale agora mesmo com nosso time de especialistas. Bons estudos e ótimos investimentos.