O mercado acompanhou a oitava semana de alta no Ibovespa seguida e, por outro lado, viu o dólar (DOLFUT) intensificar sua queda.
Nos destaques da semana, começando pelo exterior, o foco da semana passada ficou com a divulgação da taxa de juros dos EUA, que saiu na quarta (14).
O FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) confirmou as expectativas do mercado e manteve a taxa de juros no intervalo entre 5,00%-5,25% ao ano.
O mercado considera a decisão como uma “pausa estratégica”, e ressalta que o comunicado e as projeções do FOMC mostram um comitê preocupado com o risco inflacionário e, portanto, revelando a necessidade de mais ajustes de juros à frente.
Ainda falando de juros, na quinta (15), o Banco Central Europeu elevou sua taxa de juros de referência em 0,25 ponto percentual – e sinalizou que outros aumentos deverão ocorrer.
Na sexta (16), o Banco Central do Japão também divulgou suas taxas: o limite para o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos foi mantido em 0,5% e as taxas de juros de curto prazo continuam em -0,1%.
Por fim, o dólar futuro fechou mais uma semana em queda cotado a R$ 4,82 com -1,19% de desvalorização semanal ante o real.
Oitava semana de alta no Ibovespa
Aqui no Brasil, a agenda econômica foi mais tranquila, e o mercado acompanhou a oitava semana de alta no Ibovespa!
O principal índice brasileiro de ações fechou o pregão de sexta-feira (16) cotado aos 118.758 pontos com cerca de +1,49% de alta.
Para especialistas do BTG Pactual, mensagens mais positivas de estímulo na China, bem como um ambiente doméstico menos volátil na parte monetária e fiscal, deram suporte para a bolsa local.
Internacional
A curva de juros americana respondeu o posicionamento hawkish do FOMC na última semana em sua parte mais curta, segundo especialistas do BTG Pactual.
A despeito do movimento na curva, o mercado global segue com apetite ao risco, sobretudo em ativos de long duration ou de maior risco – liderados pelo setor de tecnologia.
Nos EUA, os principais índices de ações fecharam positivos na semana anterior, com destaque para o S&P 500 que subiu 2,58% em sua quinta semana de alta.
Na Europa e Ásia a semana foi positiva para os principais índices acionários também.
Fechamento semanal dos principais índices americanos:
Nasdaq: +3,25% | S&P 500: +2,58% | Dow Jones: +1,25%
Commodities
A deterioração do clima no cinturão agrícola dos EUA provocou recuperação na margem dos preços da soja.
Por outro lado, as negociações do petróleo não foram impactadas como o esperado pelo relevante corte da oferta da Arábia Saudita.
O Petróleo Brent (referência para a Petrobras) negociado em Moscou fechou a semana com -0,63% de variação cotado a 76,25 dólares o barril.
Petróleo Brent: -0,63% | U$ 76,725
Soja: +5,77% | U$ 32,34
Café: -6,21% | U$ 216,10
Milho: +7,38% | R$ 57,20
Criptos
O Bitcoin interrompeu as quedas das semanas anteriores. Por sua vez, o Ethereum caiu, mas em menor proporção. Aqui no Brasil, o HASH11 também fechou negativo.
Bitcoin: +1,05% | U$ 26.434
Ethereum: -1,84% | U$ 1.721
HASH11: -5,59% | R$ 21,13
Renda Fixa
No Brasil, a semana anterior foi marcada pela elevação das probabilidades de cortes de juros na reunião de agosto, onde 25bps é o cenário base.
Na parte longa da curva de juros, o movimento segue de fechamento em relação ao mês anterior.
No mercado de juros futuros, os vértices curtos, médios e longos tiveram fechamentos mistos.
Lembrando que nesta semana o Copom informa a decisão da Taxa Selic, e o mercado tem expectativa que a taxa básica de juros permaneça a 13,75% ao ano.
Abaixo, as cotações nos juros DI:
- DI Jan/24: -0,04% | 13,020%
- DI Jan/26: +0,38% | 10,505%
- DI Jan/28: +0,09% | 10,665%
- DI Jan/30: 0,00% | 10,97%
(Fonte: br.tradingview.com | consulta 19/06/2023 às 9h30 ( GMT-3 )
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