Em semana marcada pela melhora no rating do Brasil e aumento de taxas de juros no exterior, o Ibovespa fechou estável aos 120 mil pontos.
Então, confira alguns fatos importantes da semana passada que movimentaram os mercados no Brasil.
Em primeiro lugar, na quarta-feira (26), a agência Fitch elevou o rating soberano do Brasil de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável, com desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado.
Em segundo lugar, um dia antes, na terça (25), saiu o IPCA-15 de julho, que registrou deflação de 0,07% em comparação a junho.
No exterior, o FOMC, comitê de política monetária do Fed, e o Banco Central Europeu anunciaram alta das taxas de juros, de 0,25 ponto porcentual, cada.
Os principais índices de ações americanos e europeus fecham a semana positivos, na mesma direção dos índices asiáticos.
Por fim, o dólar futuro (DOLFUT) não conseguiu reagir, e acumulou nova semana de queda cotado a R$ 4,73 com -0,96% de desvalorização semanal ante o real.
Ibovespa fechou estável aos 120 mil pontos
Durante a semana, o Ibovespa chegou a operar aos 123 mil pontos, superando patamares atingidos apenas em abril de 2022.
Porém, o mercado recuou, na quinta, e o Ibovespa fechou estável aos 120 mil pontos com -0,02% de variação semanal.
Segundo analistas do BTG Pactual, a continuidade do ambiente pró risco global, bem como o fechamento de taxa no Brasil, abriu espaço para valorização dos ativos ligados à economia doméstica.
Internacional: Fed sobe juros nos EUA e BCE na Europa
O FOMC, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed) elevou taxas de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano.
Em relatório, o time de Macro do BTG Pactual ressaltou que a “porta aberta” deixada pelo Fed pressionou curva de juros, assim como a renovação do preço do
petróleo nesta semana.
“Ainda assim, curva continua continua ganhando inclinação, o que deve ser o movimento estrutural nos próximos meses”.
Ainda nos EUA, a temporada de resultados segue positiva nos EUA, com 252/500 empresas já tendo divulgado os números do 2T23 e promovendo uma surpresa de lucro de 5,66%.
Fechamento semanal dos principais índices americanos:
Nasdaq: +2,02% | S&P 500: +1,01% | Dow Jones: +0,66%
Commodities: Petróleo intensifica altas
O Petróleo foi o grande destaque da última semana, refletindo os dados mais fortes da atividade americana, mas também problemas geopolíticos na Nigéria.
O Petróleo Brent (referência para a Petrobras) negociado em Moscou intensificou a alta da semana anterior e fechou a 84,11 dólares o barril com +4,10% de alta.
Por outro lado, o minério de ferro perdeu força, à luz de um setor imobiliário chinês enfraquecido e com volume de suporte ainda considerado tímido.
Petróleo Brent: +4,23% | U$ 84,11
Soja: -4,53% | U$ 31,59
Café: -1,12% | U$ 189,30
Milho: -2,48% | R$ 55,87
Criptos
A semana passada foi de novas baixas para o Bitcoin e o Ethereum, no exterior, e para o HASH11, aqui no Brasil.
Bitcoin: -2,57% | U$ 29.414
Ethereum: -1,45% | U$ 1.862
HASH11: -3,28% | R$ 23,30
Renda Fixa: exterior e IPCA-15 afetam a curva de juros local
No mercado local de juros futuros, novas quedas nos vértices curtos da curva de juros e certa estabilidade nos vencimentos médios e mais longos.
Especialistas do BTG Pactual ressaltam que devido ao “vento externo”, a estrutura a termo brasileira segue bem comportada, respondendo ao IPCA-15 mais benigno e à proximidade com o início do ciclo de cortes pelo COPOM (leia mais).
Abaixo, as cotações nos juros DI:
- DI Jan/24: -0,75% | 12,620%
- DI Jan/26: -0,49% | 10,125%
- DI Jan/28: +0,13% | 10,445%
- DI Jan/30: +0,22% | 10,74%
(Fonte: br.tradingview.com | consulta 31/07/2023 às 9h ( GMT-3 )
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