O tão esperado início de corte na taxa Selic começou. Então, confira os principais destaques da semana passada.
Na quarta-feira (2), o Copom (Comitê de Política Monetária) cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual.
Com isso, a taxa básica de juros do país baixou para 13,25% ao ano. A última queda na Selic ocorreu há mais de três anos.
O relatório do Comitê divulgado à imprensa antecipou um possível novo corte de meio ponto para a próxima reunião, em setembro.
No entanto, segundo o Research do BTG Pactual e dados da Bloomberg, o mercado já discute aumento do ritmo de corte de juro para 75 pontos.
Em resumo, a semana foi de queda no Ibovespa e nos juros locais contra uma forte alta no dólar futuro (DOLFUT) ante o real.
Ibovespa: início de corte na taxa Selic e queda na bolsa
Durante a semana, o Ibovespa operou acima dos 122 mil pontos, mas corrigiu, e fechou aos 119.507 pontos com -0,57% de variação semanal.
Segundo o relatório Macro do BTG Pactual, o início do ciclo de corte de juros suportou o apetite ao risco, sobretudo em Small Caps e ativos cíclicos.

Internacional: Fitch rebaixa nota de crédito soberano dos EUA
No cenário internacional, a agência Fitch rebaixou a nota de crédito soberano dos EUA de AAA para AA+.
Assim, os principais índices de ações americanos fecham a semana em campo negativo, desempenho semelhante aos índices europeus e asiáticos.
Segundo a agência de classificação de risco, o crescente déficit fiscal e uma “erosão da governança” no país levaram a repetidos confrontos sobre limites de dívida nas últimas duas décadas.
Ainda nos EUA, o payroll de julho foi divulgado na sexta (4), e apontou um aumento de 187 mil empregos, número abaixo do esperado pelo consenso de mercado.
Segundo especialistas, essa é a segunda surpresa baixista seguida após quatorze meses de surpresas altistas.
Por fim, o câmbio. Apesar de operar negativo na sexta, o dólar futuro encerrou a semana com 2,96% de valorização ante o real cotado a R$ 4,87.
Fechamento semanal dos principais índices americanos:
Nasdaq: -2,85% | S&P 500: -2,27% | Dow Jones: -1,11%
Commodities: Petróleo intensifica altas
A percepção de uma economia global mais forte segue suportando o cenário de petróleo, que permanece com restrições no lado da oferta.
O Petróleo Brent (referência para a Petrobras) negociado em Moscou fechou a 86,33 dólares o barril, com +2,64% de alta semanal.
No minério de ferro, novas frustração com os dados imobiliários tem limitado o minério de ferro, a despeito da agenda de estímulo (leia mais).
Petróleo Brent: +2,64% | U$ 86,33
Soja: -3,21% | U$ 30,58
Café: +2,27% | U$ 194,55
Milho: -1,66% | R$ 54,94
Criptos
O Bitcoin estabilizou na semana passada. Porém, o Ethereum caiu. Aqui no Brasil, o HASH11 recuperou parte da baixa anterior.
Bitcoin: +0,26% | U$ 29.489
Ethereum: -1,81% | U$ 1.828
HASH11: +0,60% | R$ 23,44
Renda Fixa: DI's curtos e médios intensificam baixas
No mercado local de juros futuros, os principais vértices registram quedas na semana anterior, com maior proporção nos vencimentos curtos e médios.
O corte de juros mais intenso e sinalização dovish promoveu um fechamento das taxas curtas com ganho de inclinação, segundo especialistas do BTG Pactual.
Abaixo, as cotações nos juros DI:
- DI Jan/24: -1,20% | 12,470%
- DI Jan/26: -1,84% | 9,940%
- DI Jan/28: -0,81% | 10,360%
- DI Jan/30: -0,45% | 10,69%
(Fonte: br.tradingview.com | consulta 07/08/2023 às 9h15 ( GMT-3 )
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