Em semana marcada por dados de inflação ao consumidor, bolsas globais registraram quedas, o Ibovespa caiu, enquanto do dólar subiu.
Aqui no Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de julho divulgado na sexta (11) foi o destaque da semana.
O IPCA de julho avançou 0,12% no mês, alcançando alta de 0,20 ponto percentual ante junho. No mês passado, o IPCA registrou uma deflação de -0,08%.
Assim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo acumula alta de 2,99% em 2023 e, nos últimos 12 meses, alta de 3,99%.
Outro ponto de atenção na semana: no Boletim Focus, divulgado segunda (7), o mercado reduziu a expectativa para a Selic no fim de 2023 de 12,00% para 11,75% e, em 2024, de 9,25% para 9,00%.
Em tempo, no início do mês o Copom reduziu a taxa Selic a 13,25% ao ano e, assim, deu início ao início do ciclo de cortes nos juros.
Ibovespa: bolsas globais registram baixas
Por aqui, o Ibovespa intensificou a baixa da semana anterior e fechou o pregão de sexta (11) aos 118.065 pontos com -1,21% de queda semanal.
A saber, foi o nono pregão consecutivo de desvalorização do principal índice de ações do país.
Todavia, segundo especialistas do BTG Pactual, a saída de fluxo estrangeiro está entre os motivos para a baixa do Ibovespa.
Em agosto, até o dia 9, o saldo líquido está negativo em R$ 6,3 bilhões, segundo dados da B3.
Internacional:
O índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos de julho, divulgado na quinta-feira (10), foi o destaque do exterior semana passada.
O CPI avançou 0,17% no mês, uma surpresa baixista, visto que o mercado projetava uma alta de 0,23%.
Para especialistas do BTG Pactual, o resultado do CPI reduz significativamente o apetite por nova alta dos juros pelo FOMC em setembro.
Os especialistas ressaltam que a curva precifica apenas 9,5% de probabilidade de alta de juros em setembro e 28% em novembro, com 63% de chance da taxa encerrar o ano no patamar atual – ou seja, o ciclo de alta já teria sido encerrado.
Ainda no exterior, a semana foi de fechamentos mistos nas principais bolsas dos EUA, estabilidade na Europa, mas, baixas na Ásia, sobretudo na China.
Por outro lado, o dólar futuro (DOLFUT) registrou nova semana de alta. A moeda americana valorizou 0,51% ante o real e fechou cotada a R$ 4,92.
Fechamento semanal dos principais índices americanos:
Nasdaq: -1,90% | S&P 500: -0,31% | Dow Jones: +0,62%
Commodities: grãos intensificam quedas
O Petróleo Brent (referência para a Petrobras) negociado em Moscou fechou a 87,05 dólares o barril, com +0,83% de alta semanal.
Em contraste com o Petróleo, a semana anterior foi de baixas nas principais commodities agrícolas, com destaque para o contrato de soja. Veja:
Petróleo Brent: +0,83% | U$ 87,05
Soja: -3,59% | U$ 29,48
Café: -1,67% | U$ 191,30
Milho: -2,35% | R$ 53,65
Criptos: Bitcoin e Ethereum fecham estáveis
Em resumo, a semana anterior foi de estabilidade para o Bitcoin e o Ethereum no exterior, e para o HASH11 aqui no Brasil.
Bitcoin: +0,32% | U$ 29.585
Ethereum: +0,60% | U$ 1.839
HASH11: +1,24% | R$ 23,73
Renda Fixa: Copom e IPCA influenciam desempenho dos DI's
Por fim, o mercado local de juros futuros registrou novas quedas nos vértices curtos e médios da curva e certa estabilidade nos vértices mais longos.
O DI futuro de janeiro de 2024 fechou cotado a 12,425% com 0,35% de baixa semanal. Já o vencimento de janeiro de 2030 é cotado a 10,72% com 0,28 de alta semanal.
Para especialistas do mercado, dados relacionados à Ata do Copom e o IPCA de julho influenciaram no desempenho dos DI’,s futuros.
Abaixo, as cotações nos juros DI:
- DI Jan/24: -0,35% | 12,425%
- DI Jan/26: -1,25% | 9,815%
- DI Jan/28: -0,56% | 10,305%
- DI Jan/30: +0,28% | 10,72%
(Fonte: br.tradingview.com | consulta 13/08/2023 às 20h ( GMT-3 )
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